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segunda-feira, 26 de março de 2007

Amor de mas

Não te confies
Porque tuas mãos
satisfazem meu corpo

Ou se ofendida
Chorei
E te pedi perdão

Se na angústia
Não busco os braços de outro

E negando-te
Conquisto homens
E digo não!

Se tua língua
Cansou-se
de sugar meu gozo

E ultrajada
Suplico um carinho a mais

Não é nada
Meu amor
Que tanto confirmas

Não estás imune
Pois de entregar-se
O corpo cansa.

Hoje a fadiga
e a liberdade
Foram tanta...

Que não sobrou nem
o mesquinho apego.

10 comentários:

  1. é uma boa demonstraçao de desdém??
    poxa...

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  2. Se tua língua
    Cansou-se
    de sugar meu gozo


    Puxa! Há outras imagens interessantíssimas nesse poema. Gostei do que li ;-)

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  3. Estava faltando paixão no Blog e você ainda apimenta com um resgate da libido que já foi.Muito bom.Amei Jimenna.Parabéns

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  4. muito bom, gostei bastante do início ao final...

    só um erro que passa quase despercebido:

    "Hoje a fadiga
    e a liberdade
    Foram tanta..."

    Seria tantas, não? Já que fala da fadiga E liberdade...

    Enfim, muito bom!

    André Espínola

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  5. Sensual sem cair no vulgar. Um dia eu aprendo. De muito bom gosto

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  6. Acredito que esse tanta não varia André.

    Pois o tanta ai é um adverbio de intensidade e adverbios não variam.

    Mesmo assim obrigada pelo toque e obrigada tb às pessoas que comentaram.

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  7. Jimenna, amei os versos:
    ...'Que não sobrou nem //
    o mesquinho apego."...
    Curiosa a maneira como você encerra
    dando a noção de que nada restou,
    mesmo que para o outro alguma
    irreal suposição caminhe pelo
    caminho da dúvida.

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  8. (reverência)

    Ave, Jimenna !

    Putz, catzo, caraca, muito bom...

    ficanapaz

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  9. Jimenna...
    Há mulheres que -tolamente- disputam com os "meninos", coisas como força e... Cafajestagem... Tolas...
    A personificação deste teu "EU Lírico" , sob essas letras, mostra um amadurecimento bem maior , do que o Literato... Fantástica "saída do casulo"... Saída dolorida...Digna saída... Pano-de-cena fechando, e a atriz em centro de cena... Luz... Da mínima à máxima, focada nela... Uma lágrima. Logo seca pelo dorso da mão, que, "incontinenti" segura as "cadeiras" , sacode a poeira, e parte para outro erro... Ou não...

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