Em um futuro distante, a civilização evoluída chegou ao seu limiar científico e tecnológico. As verdades, agora sim, são absolutas. Não há teorias, conjeturas, nem religiões. As guerras cessaram. Todos os países convivem harmoniosamente sob as leis unificadas da Constituição Final. A comunicação se dá de maneira telepática e todos finalmente vivem de luz.
A menina, fazendo o trabalho da escola, vai à enciclopédia, durante a pesquisa sobre educação sexual. A enciclopédia está arquivada no disco gelatinoso (substituto do disco rígido) implantado em seu cérebro delicado. Em um piscar de olhos, encontra o verbete “língua” e sua definição: "órgão sexual humano que os antepassados usavam para falar". A menina, que constantemente se masturba com a língua, não entende, vai atrás do significado de "falar". Lá, bem perto da palavra “falo”, há uma definição confusa. Algo como: "forma de comunicação antiga, muitas vezes usada como forma de prazer, com sons semelhantes à flatulência..." A doce menina fecha o livro digital horrorizada e ofegante. É muita perversão para uma moça tão inocente.
Ao fim da noite, ela se masturba "falando" francês, após passar com traumas pelo alemão e o russo.
Roberto Menezes
A menina, fazendo o trabalho da escola, vai à enciclopédia, durante a pesquisa sobre educação sexual. A enciclopédia está arquivada no disco gelatinoso (substituto do disco rígido) implantado em seu cérebro delicado. Em um piscar de olhos, encontra o verbete “língua” e sua definição: "órgão sexual humano que os antepassados usavam para falar". A menina, que constantemente se masturba com a língua, não entende, vai atrás do significado de "falar". Lá, bem perto da palavra “falo”, há uma definição confusa. Algo como: "forma de comunicação antiga, muitas vezes usada como forma de prazer, com sons semelhantes à flatulência..." A doce menina fecha o livro digital horrorizada e ofegante. É muita perversão para uma moça tão inocente.
Ao fim da noite, ela se masturba "falando" francês, após passar com traumas pelo alemão e o russo.
Roberto Menezes
É cara, o futuro vai continuar a ser uma zona, hehehe
ResponderExcluirCurti a dualidade dos verbetes,rs
ficanapaz
Que loucura! Mas fico feliz em ver erotismo no futuro sem os tais vibradores e aparatos modernos,rsss
ResponderExcluirBom texto, gostei. Boa estreia. Beijos
Bela estréia. Legal ler teus textos aqui também.
ResponderExcluirNo primeiro parágrafo, essa visão tecnocientífica do futuro, ingenuamente positivista, foi até engraçada.
ResponderExcluirA segunda metade está mais inspirada e interessante. A idéia de como nossa "rudimentar" fala poderia soar neste futuro distante ficou legal.
ao infinito e além!!
ResponderExcluirlouco de bom.
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