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sábado, 30 de junho de 2007

LÍRICA ( por Muryel)


Fortuita perambulas, assim, pelo mundo

Nem mesmo sabes o quanto és dura

Lapidá-la, ai!, a procura de vindoura Profecia...
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Muryel
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(foto de Alberto Viana d'Almeida)

8 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Vejo anjos nessas flores! Os dois primeiros versos são muito bons, mas não consegui fazer a ponte para o segundo :-(

    PS: Não seria "perambulas" (segunda pessoa do singular, presente do indicativo)?

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  3. Eu perambulo pelo mundo, sem nem saber quem sou, quanto mais saber se sou dura!
    Que lindo... Gosto do sentimento que imprime em sua poesia.
    Beijo, meu lindo!

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  4. fiquei com um problema tbm no terceiro verso, mas os dois primeiros compensam tudo!
    mto bonito, mesmo!

    flew!

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  5. será que me fiz entender? bem,

    "Poesia, estas por ai, vaga, vaporosa

    Não compreendes o quanto és dificil

    Lapida-la, qual um parnasiano, a procura de sua realização, ai!, não é fácil."



    era isso! ou não?

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  6. Muryel, sua lírica é digna de ser lírica.

    Na lírica, o poeta expressa os seus sentimentos, aqueles da alma; nesta lírica, você expressou os sentimentos do poeta em relação à poesia - que fusão!

    No primeiro verso, enxergo a reflexão inesperada em que se encontram os poetas quando uns versos lhes vêm à cabeça, fortuitos, quase como quando a um profeta vem a profecia.

    No segundo, a dureza que pode ser sentida de diversas formas; dureza que sente na leitura.

    No terceiro, essa dureza se faz física, quando o verbo lapidar remete ao trabalho do lapidário. Força é do que precisam os poetas, para no brilho ou na delicadeza das pedras preciosas disfarçar suas durezas. E foi um bom jogo o uso de profecia/poesia.

    Gostei da mensagem! Mas é preciso continuar o lapidar. Dar crase ao a que antece procura. E, talvez, usar lapidar-te em vez de lapidá-la (só talvez! - depende de se o poeta estar a falar com ou da poesia).

    Minhas saudações, caro.

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