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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Nuvens Embriagadas



nuvens embriagadas
no chão do céu deitadas
sorriem-me do avesso.

eu, parado,
sorrindo de volta,
tremo e estremeço!

querem amor,
sou desilusão...

- aqui, meu ópio,
velho e querido cão!

abana o rabo,
dá a pata,
finge amor
e revira a lata

das vertigens,
dos vestígios.

nuvens embriagadas
no chão do céu deitadas
dizem-me adeus – precipícios!

vão no vento
e eu
na estrada,

no pó dos olhos
da minha amada,

ateus,
como a de Vinícius.

4 comentários:

  1. Muryel De Zôppa13/08/2007, 11:15

    Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muryel De Zôppa13/08/2007, 11:15

    bom de se gostar!
    coisa linda, mizi fi. poemaço!

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  3. Marco Ermida Martire13/08/2007, 14:42

    Gostei muito! Cuidado total com a palavra e o sentimento. O final é que me escapou... não peguei os dois últimos versos.

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  4. Larissa Marques - LM@rq14/08/2007, 12:24

    Reverências! Lindo!

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