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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

As luzes do ônibus

Martin, o motorista daquele ônibus, estava nervoso. Nunca havia feito nada parecido, não tinha noção do cuidado e da atenção que isso exigia. Apenas concordou com a idéia porque precisava muito do dinheiro. Agora que a esposa esperava gêmeos, a situação financeira necessitava de um auxílio, algo que garantisse o sustento dos filhos que já nasceriam em menos de um mês.

O plano era gastar a quantia que recebesse, somente depois de passadas dez semanas, para evitar as suspeitas sobre ele. O esquema era após o ônibus passar por baixo do segundo viaduto, o motorista ascenderia e apagaria as luzes do veículo quatro vezes. Esse seria o sinal. Logo então deveria alegar aos passageiros que havia um problema com os freios do ônibus. Com isso todos deveriam descer e trocar de veículo.

- Eu vou perder minha novela – disse a passageira mais velha.

- Calma senhora, tudo vai acabar bem – respondeu o motorista.

O mais complicado para Martin era saber que todos o conheciam. Todos sabiam um pouco da sua vida. A esposa grávida e a situação difícil que ele se encontrava. Os passageiros foram transferidos para o primeiro ônibus que passou, o segundo veículo envolvido naquele que seria o maior e melhor seqüestro já realizado por motoristas de ônibus.



*rápido, simples e sem o menor sentido

6 comentários:

  1. nem te conto que eu ja tinha lido!
    laralaralaraá

    ;*

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  2. Mutcho loco, hehehe

    Por isso ando no meu chevettão 84; esses motoristas de busão andam cada dia mais aloprados, rs

    ficanapaz

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  3. surpreendente e real.

    vá se danar mentiroso!!!

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  4. gostei de ver uma nova faceta de um dos meus escritores preferidos!
    =]

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  5. Ah, interessante mas faltou a conclusão!

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