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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O Pouso

Por voltas e voltas
em torno da própria cabeça
idéias perdidas perambulam
soltas no espaço
à espera de uma janela
uma entrada
para pousarem salvas
do pensamento dos outros:
idealistas, empreendedores, loucos,
não irão nunca jamais
repensar o pensar condensado
preso, retido,
pensado
tempos antes da invenção da consciência.

4 comentários:

  1. Belo texto Deveras, só tem um errinho de ortografia: vc escreveu "idealialistas" em vez de idealistas.

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  2. Um erro de digitação, na verdade. :-)

    Essa poesia... Ela é um tanto opalina. De certo ângulos, vc consegue um brilho perolado, mas no todo, é opaca.

    Como uma opala, ela é amorfa, o que passa uma idéia de simplicidade, mas na verdade é muito difícil identificar de imeadiato sua estrutura. Justamente como numa sopa de idéias, em que, se mergulharmos, só não nos tornamos loucos se formos gênios.

    Essa poesia é mesmo como uma opala, cuja lapidação não é possível. Se lapidássemos, poderia até ficar mais bonita, mas o risco de estragar (destruir) é grande.

    Fica assim: uma opala.

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  3. É um opala, seis cilindros, quatro rodas, porta malas espaçoso, conforto para toda a família.

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  4. lembrei-me do cara na cabeça do Jon Malko.
    Profundo!

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As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.