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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Eu mínimo

Caros, há um tempo fiz um "estudo" de como é ser minimista na poesia. Surgiu como uma análise, ora crítica, da onda de nanos que tomaram conta do Bar em algum tempo. Selecionei desta experimentação oito peças que mostram bem o que penso, às vezes explícita, às vezes implicitamente, nem sempre análise, nem sempre crítica. Eis:

I

Encontrar
no mínimo
arte

II

Caso

Caos
Caso
Saco
Soca

Tear
Reta
Terá
Arte?

III

Conter no título parte da loucura

Dispensar no texto todos os sentidos

IV

Minimista

Escuso
O uso
Do todo

Abuso
O uso
Do nada

V

Texto sem título
Feito mínimo
Podado em pontos
Em vírgulas

Não começa
Não pára
Não pausa

VI

:

...
,
?
;
!
.

VII

Momento
Sem palavras
Ofegos constantes
Pausas eternas

Gestos intensos
Idéias vastas

VIII

A arte do mínimo

Um pitaco, ensaio
Duas rimas, poesia
Três linhas, conto
Quatro passos, crônica

Eis tudo.

2 comentários:

  1. Bacanas esses poemínimos.

    Também experimento a poesia em pequenas doses.

    Uma amostra:
    http://www.jornalolince.com.br/2008/jan/grafias/gorj.php

    Abraços.

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  2. Gostei do A arte do mínimo, ficou bem divertido.
    Os outros não me bateram muito bem, mas ainda são interessantes!
    abraços

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As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.