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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Abracadabra

Meu segredo
Carrega o cansaço das eras.
Dilacera-se entre quimeras arquetípicas
Emaranhadas em rugas
E rusgas amarelecidas.

Ao frescor de nova manhã de sol,
Céu azul não vê meus olhos brilharem,
Não enxerga minha alma encardida
Que cheira a mofo e naftalina.
Flores desbotam ao oxigênio
E, muitas faces me assustam
Pelas sombras que roubam do dia a existência,
Pois nas trevas são silêncio e nada.

Fluxos do poder
Pelo qual cada ser precisa viver?
Abraxas,
Pôr do sol ou amanhecer,
Depende do ponto de vista.
Um ciclo que devora e é devorado.
Mas, se um átomo se romper,
O mundo estará quedado.

2 comentários:

  1. Uma poesia que fala das substâncias de interação entre as forças do universo e, consequentemente, dentro e fora do Homem.
    A questão é estar em equilibrio com essas forças e com o sentido da alma.
    Parabémns, poeta Angela!

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  2. Grata pelo Iluminado comentário, Urbanóide.
    Valeu!!!

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