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domingo, 11 de maio de 2008

Minha doce (doentia!) donzela


Ao querido, robusto, saudoso e calvo Mario d’Andrade.


Minha donzela de meias calças,
Já corrigiste o blush Yorkino
Que te presens-peilhe no Natal de 29?
Blush negro (preto, escuro) para que reboles
Mulata dengosa! Não branca pedregosa!

Beiramos a idade das compulsões,
A muito – muitos anos – que as cousas
Debulhamos feito feijão branco carioquinha...
Tamo-que-tamo nos tempos do ouriço,
De cafungar no tamboretão de balanço e
Fumar mata-rato, pois, enquantoA
s orelhas não terminam de virar assas:
Somos aqueles velhinhos amáveis...

Doce (doentia!) donzela de meias calças,
Escrevo da esquina com a beirada
Da Lopez Chaves (hoje é só o céu bagunçado),
Do baixinho de meu escritório,
De onde bafora uma encanecida vitrola,
Passam uns Jazz’zhs de boa praça...
O café, a coke e-o chá são
Por demais bem-quistos!

Cortem pela raiz os légos de montagem
E os quebra-cabeças desbaratinados:
Tu és minha maestrina do infinito
And PCdoB saudações! (palavra cafona!)

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