Páginas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


VAGINA


------------------------------------------Eduardo Perrone..........................


Quase sempre

Essa gente imagina

Saber onde nasce

A vagina.


Mas não o sabem.


Nasce na descoberta

Da menina,

De que a fenda aberta

É quase uma certa sina,

É quase um atestado de gênero,

Genericamente

Falando.



E se é de orgão sexual

Que pensem que estou falando,

Eles erram novamente.

E novamente não o sabem.



Quantos mundos

Numa vagina cabem...?

Ouço falar de penetrações múltiplas,

E de céleres desculpas

Que afirmam o que não foi.

E fica, então,

A vagina como ilustre desconhecida.


Que gosto tem?

É de onde sai o neném?

Porque os pelos?

Precisava ser vazia...?



A vagina

Arrepia

Quem dela nasceu.

Quem a cheirou,

Degustou

Sentiu

Percebeu...


A vagina nasceu

Quando morreu

A última mulher

Que não a percebia.

Quando essa mesma mulher

Agonizava na primazia

De ser, tão somente, mulher

E nada mais.

2 comentários:

  1. Don Perrone, mostrando mais uma vez o domínio do tema (sim, neste caso a dubiedade é intencional!).

    ficanapaz

    ResponderExcluir
  2. O texto é interessante, mas não é um dos melhores do autor, mas não posso comparar ele tem cada texto maravilhoso...

    Não gostei da foto dessa maça bem do lado da minha. rsrs

    ResponderExcluir

As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.