
para João Cabral de Melo Neto
um silêncio ancestral
me cala
debruçada em mim
cato meus feijões
falhas que não sei
falas que falhei
venho à tona
casca e grão
semente
amputada em vão
invaginada em mim
uma serpente dorme
alheia a toda ficção
um silêncio ancestral
me cala
debruçada em mim
cato meus feijões
falhas que não sei
falas que falhei
venho à tona
casca e grão
semente
amputada em vão
invaginada em mim
uma serpente dorme
alheia a toda ficção
sandra santos
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