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domingo, 28 de junho de 2009

Espectro

Foram as portas que se abriram
Como me disseram os desavisados
Que acabou por ocasionar tamanha tormenta
Estavam a dois passos do delírio
Repleto de brandura saliente
E por natureza sobressalente
Quando os corpos passaram a não mais sentir


As mãos estavam tão afastadas
Mas ainda buscavam uma a outra
Ela ansiava por uma noticia
Que a faria acreditar no que fora dito
Cada passo a frente
Determinaria que os órgãos vitais,
Mais tarde,
Trariam a sensação de estarem inertes


Era apenas a incerteza
De algo que ainda não tinha definição complementar ao interesse divino
As roupas todas lavadas
Nem mesmo uma pegada ao vento!
Assim são os jovens,
Diria o ancião.
Eu diria que foi a partida
Até meu suor já havia sido removido
De seus, agora inexistentes, lençóis


Anjos maléficos do ocidente
Permita a retomada da névoa em meus pensamentos
A alegria singular de sua voz
Alheia e irreconhecível
Perante a abundante quantidade de corpos
Cada qual em sua essência
Que sejas privado por um momento do ato de inquirir
E sua ultima acolhedora memória
Seja como minha imanente e tracejada concepção


O efeito foi a inexistente e inevitável
Futuramente aprazível paixão
Porém sucinta e confiante
A escola já estava degradada
E sua lição não poderá ser julgada
A guerreira que tudo possuía
Ansiou por um jovem estremecido fantasma
E nisso fora transformada



Audrey Carvalho Pinto

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