Páginas

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Evisceração

Espere pela volta das borboletas na poeira do tempo
Espere por aquele olhar a se projetar entre estilhaços de angústia
Espere pela nuvem de gafanhotos-devoradores-de-horizonte
Mas não vá, fique um pouco mais, ainda há muito o que esperar
E não me deixe plantado neste inferno cor-de-rosa sem um porquê

Eu bem que queria lhe dizer que a lágrima não se mostra
Por puro orgulho
Eu bem queria lhe mostrar
Esta jugular que pulsa no aguardo de uma nova mordida
O que se esconde neste brilho que já não há
E revelar aonde a lua se ocultou e dormem as estrelas

Fique um pouco mais
Só um pouco mais
Sinta o som do mar
Sinta o som
O som do mar
E o som
Do Sol
E o Sol
No mar
Fique um pouco mais

Queime comigo nossas verdades douradas e as mentiras azuis
Não minta mais para o azul
Ou para o vermelho
Espalhe algumas verdades transparentes sobre a mesa
Diga para mim desta ferida
Daquela esperança forjada em frases insolúveis
Do impossível e do improvável que já vivemos
Que eu prometo
Que eu lhe juro
Pela divina providência dos semideuses
Estancar este corte que vaza minhas vísceras
E partir

(Celso Mendes)

Um comentário:

  1. que maravilha aqui sempre é maravilha aqui é um encontro de maravilhas

    ei vamos fazer no dia 15 de novembro o dia do grito viva a poesia lá no orkut proclamando a república dos sonhos então precisamos de seguidores @diadogrito todos, tem possibilidade de um post especial sobre o evento? você tem um público muito grande e seria uma grande honra compartilhar isso com você. todos os que publicarem sobre o dias serão linkados e twittados lá no @diadogrito e os que seguirem e twittar poemas, poesias e afins serão retuwitados ^^ é uma grande corrente para não deixar a poesia morrer^^ Espero Respostas ^^

    ResponderExcluir

As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.