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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cárcere privado



Sobre a calçada
fumegam os resquícios
de um colchão incendiado

Em volta,
dezenas de curiosos
observam as contorções
das chamas que ainda resistem.

Ao avistar de longe esta cena,
encho-me de esperança:

finalmente rebelaram-se
os prisioneiros da rotina.


6 comentários:

  1. Ei!
    Que perfeito para ser lido em uma segunda feira
    "finalmente rebelaram-se
    os prisioneiros da rotina."
    Adorei o poema todo,
    mas esses me encantam
    pensar...
    Bjins entre sonhos e delírios

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  2. Está entre as tais prisões sem paredes....a rotina.

    Beijos pra Ti

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  3. poxa maravilha mesmo Rodrigo costumno dizer que a poesia também é a arte de se criar imagens e a tua encheu-me ^^

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  4. Muito bom, principalmente o final.

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