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sábado, 13 de novembro de 2010

Trinta e três

E quando relaxam-se os músculos tensos
que travam o intenso e apertam o ser?
E quando a respiração se expande em 3 D?

E quando se acorda do sonho, memórias no caleidoscópio?
O que berra o alpinista no pico do Taj Mahal?

- Não clama por uma escada, ingênua ambição vertical:
nota que o céu é o mesmo,
seja no vale ou na serra, visto da terra ou do sal,
e que o tempo é o rio nadando entre o vazio dos dedos
enquanto se apontam estrelas e se inventam constelações
(formas míticas, humanas, animais,
espelhos, paixões
e batsinais).

O que se grita de dentro é o silêncio de entranha,
definição solitária para o infinito momento:
berra-se o todo no agora - o verdadeiro, o Nirvana

o aleph de Borges,
os vinte e dois arcanos,
a pasárgada, o paraíso, shangrilah
o olimpo, terra prometida:
trinta e três anos.

4 comentários:

  1. É moço...impossível chegar aqui e não se encantar. Voltarei!

    Beijos pra Ti

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  2. hum eu que leio o Tarôt e vivo tentando encontrar minha Pasárgada digo que o cume do teu poema é onde todos queremos chegar

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  3. Livres e soltas palavras, perfeitas magestosas. Parabéns! Tudo demais de criativo!
    Voltarei, abraços!

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  4. Beleza de poema! Gostei demais...

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As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.