Páginas

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

De volta pra casa...

(Sonia Cancine)
.

Enigmas ocorrem, repentinamente!

Olhares dúbios e motivos aparentes
Fazem da gente - exultante ou desencantada
Amada ou desalmada de alma cansada.

A minha? Após o olhar terno do Mar

Respira o ar que me dá vida, de poesia
Som de ondas deslizando espumas
Esbravejam a natureza descontente.

Não consigo na calma aparente
Deixar de sentir na pele
As delicias da paz desejada e

Aquela concha que eu segurava, eu não a vejo aqui.

Cansada, mas de alma lavada
De alinho combalido pelas ondas
Chorei onde a cortina em desalinho escondia
A alma trancada, onde o tempo pára.

Após olhar o Mar...

Danço a dança das sereias
Na arte impudica dos deuses e
Deito em cima dos penhascos
- os temores ocultos -

Na brisa fresca da maresia em dias de escuridão

Transvio para além da ebriedade azul
Pergunto - o que é isso que soa ao longe?

É o vento que embala emoções e

De volta pra casa, após olhar o Mar

Volto a sorrir
- e o espírito curumim ressurge
mais uma vez -

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.