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sábado, 2 de abril de 2011

Prelúdio

Tua boca descreve apocalipses.
A minha devolve espasmos,
ipsis literis.

Tua boca manda coisas,
inconteste.

Meus dedos
deslizam orgasmos
em teu vértice.

Engastados em minhas órbitas,
fractais dos teus olhos sábios.

Enquanto teus dedos molhados
contornam

pequenos
e grandes
lábios.

(do livro Leoa ou Gazela, Todo Dia é Dia Dela)

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