Páginas

domingo, 15 de maio de 2011

O Silenciar dos Anjos

(Sonia Cancine)
.

Na calada fria da noite escura
Ao ouvir o sussurrar dos Anjos
Emudecem-me os sentidos

Um olhar de olhos infindos me vigia...

Inquieta, reverencio o tempo
Onde o aqui agora nem perto nem distante
Canta junto ao meu coração e
Entrego-me na finitude de tudo o que sou.

Em meio a nuances e tormentos
Teço traçados desalinhados em cunho e
Perco-me neste labirinto de metáforas.

Um Anjo tetro num recôndito invisível
Pelas vias/mente, algoz - a morte me anuncia.
Peregrino pela campina verde e me deito no sereno.

Sonho (de novo) ao ouvir o gorjeio das gaivotas

O murmurinho das águas do mar e do vento.

O perfume que exala das flores
Cintila na aparição do céu inexorável
E me liberta do cárcere em que vivo.

Será loucura de meus pensamentos?

Luto para fugir do mal que me assola
Montada no meu cavalo indomável
Na noite sombria à luz da Lua nua.

Meu destino, minha senda
Que transita entre o céu e o inferno
Como vidro se despedaça no chão.

Alço finalmente de asas abertas à Luz ao final do túnel e
Vencendo o vento angario do pó alma minha.

Do efêmero isolamento
- vôo como fênix em direção ao Sol -

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.