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sexta-feira, 3 de junho de 2011

quando diz que já

não te olho como antes
percebe que algo nosso
se perdeu pra sempre
e já não posso mais
resgatar as pedras
do caminho sem volta

ergo-me farta desse
sentimento moribundo
que insiste em ruminar
e ruminar como se tivesse
eu dez estômagos
e não tenho

jaz como era
jaz como eu era
matei meus olhos
com lágrimas e poeira
que deixou quando me
ultrapassou pela estrada de chão
se não te olho como antes
é porque não te vejo mais.

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