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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

sibila


no meu céu de baunilha
flutuam mentiras azuis
ladeadas pelas sereias decapitadas

o mesmo céu onde o criador vigia
escondo-me na folha branca

nesses versos ateus
lilith pisca o olho
serpenteia pela rua
flertando com evas dispersas
rebola fantasticamente
sorrio e rabisco armaduras

ela as ignora
enrosca-se às minhas costas

pensamos beijos-tempestade
abraços-nuvem
marasmos sem fim
sibilamos feitiços pagãos
pele e mar sob a lua santa

sorrio na rua vazia
delírio findado
ficam os dentes

metade do meu sorriso é dela
serpenteamos juntas

lilith e eu
poetisas enfastiadas trancadas em prosa e
em verso enoveladas

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