no meu céu de baunilha
flutuam mentiras azuis
ladeadas pelas sereias decapitadas
o mesmo céu onde o criador vigia
escondo-me na folha branca
nesses versos ateus
lilith pisca o olho
serpenteia pela rua
flertando com evas dispersas
rebola fantasticamente
sorrio e rabisco armaduras
ela as ignora
enrosca-se às minhas costas
pensamos beijos-tempestade
abraços-nuvem
marasmos sem fim
sibilamos feitiços pagãos
pele e mar sob a lua santa
sorrio na rua vazia
delírio findado
ficam os dentes
metade do meu sorriso é dela
serpenteamos juntas
lilith e eu
poetisas enfastiadas trancadas em prosa e
em verso enoveladas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.