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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Convidado Daniel Delgado Queissada

 Antirreflexo

 
Memórias rasgadas
Aparentemente apagadas
Tinta bruta permanente
Permanentemente afiada

Sangra o que não deve
Porém, o que não se percebe
É o gosto...gostoso
De quem gosta do desgosto

De quem sente o assombro
De tudo que não lhe convém
Quando na melhor companhia
A solidão lhe cai bem

Memórias anuviadas
Pela tinta que dimana
E mancha a marcha do tempo
Que devagar flui como um rio...sedento

Sangria desenfreada
Sanguessugas da alma
Das almas penadas que somos nós
Sozinhos em nossos lençóis

Espelho meu abdica desta farsa
E só reflita o que for verdadeiro
Sem truques, caras e bocas  
Apenas a face hermética...ainda presa no cativeiro

Antirreflexo da felicidade
Que não suporta o fim...start da vaidade
Mesmo não entendendo
Que o mesmo está ao lado de cada início inesperado
 
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