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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

querido





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sei bem que não te amo,
mesmo quando te chamo assim
guardo teu olhar e meu susto
num frasco

o vidro reflete essa coisa nua e estranha

repetes no escuro o que já sei. Não te amo, amor

recitas cantilenas febris e obedeço à calma
traças amarras rendadas nos meus lábios
mas são teus olhos, honey.
não te amo.

agendamos ao acaso esse desencontro, essa fome
nisso concordamos. Carne, alguma alma e tuas mãos
esparramadas no prato minhas novenas cifradas

é libertador não te amar, Love. Confesso.
pode comer essa menina fosca, essa ninfa
essa estranha que entrevejo e amo

e só aparece nos teus olhos.


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3 comentários:

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