Zarabumbeia a zabumba em derredor do ataúde
A terra engole a prole
de Adalgisa
Esconjuros de ebós de mandingas de "viernes santo"
Um negro ancião estala a língua e os ossos
Socializando o fogo fluido engarrafado na fonte
O futuro é um gato preto com futum de pelo molhado
Jesus Fura-bucho masca mato e cospe cospe cospe
Mariposas em revoada (mariposas revoam?)
antecipam o eclipse vaticinado pelo velho
a barba cofia desconfiado nauseabundo e lúgubre
Se esvai o dia do augúrio mau
Adalgisa chora
Adalgisa grita
Adalgisa cai
A terra devoradora de "niños"
revolve
e rega
Desesperai, filhos do homem!
Adalgisa vê
a luz de Jesus
Adalgisa arrebata
o prateado revólver
cano boca cano boca
estrépito silêncio
sete palmos
dor pungente
finis
mezinha quente
Adalgisa sabia
os mortos não mentem.
Carlos Cruz - 28/07/2010
A terra engole a prole
de Adalgisa
Esconjuros de ebós de mandingas de "viernes santo"
Um negro ancião estala a língua e os ossos
Socializando o fogo fluido engarrafado na fonte
O futuro é um gato preto com futum de pelo molhado
Jesus Fura-bucho masca mato e cospe cospe cospe
Mariposas em revoada (mariposas revoam?)
antecipam o eclipse vaticinado pelo velho
a barba cofia desconfiado nauseabundo e lúgubre
Se esvai o dia do augúrio mau
Adalgisa chora
Adalgisa grita
Adalgisa cai
A terra devoradora de "niños"
revolve
e rega
Desesperai, filhos do homem!
Adalgisa vê
a luz de Jesus
Adalgisa arrebata
o prateado revólver
cano boca cano boca
estrépito silêncio
sete palmos
dor pungente
finis
mezinha quente
Adalgisa sabia
os mortos não mentem.
Carlos Cruz - 28/07/2010
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