Cabelo
Caía
inteiro, soberbo
soberano findava
subtilmente efémero
ignorado por
quem se movia
de um, para
outro lado.
As árvores
observavam,
baloiçando
indiferentes.
Esta noite
trará a lua maior do ano.
Volto a casa
com essa
desculpa
sofrido, vestido
d’engano.
Se eu
pudesse existir!
- suspirava
entre goladas -
como iria
celebrar
este pôr-do-sol
a música no
seu verter
a criança à
janela
o sorriso a
gaguejar
no olhar que
arde
O cabelo
branco
ao passar
da velha
sensação de
ser
final de
tarde.
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