Acordo no silêncio das horas
Com uma estaca cravada no peito.
Sufoca-me a garganta, o grito.
Imperfeição dos sentidos.
Borboleta aprisionada no casulo
Metamorfoseando-se em lagarta.
Afogando-se no sangue
Da carne putrefata.
Afasta-se da cartilagem
Do que fora cor e asas.
Corrompendo o próprio sonho
A rastejar sobre brasas.
Esperando que o coração apodreça
E refaça-se com calma,
Para que novo vôo floresça.
Iluminado e sem pressa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.