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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Múltiplo



Tenho um caso clássico
de múltiplas personalidades;
já fui Caravaggio
Tasso, Ariosto,
já me senti santo
já fui encosto
(encostado no canto)
chorando alegrias
e sorrindo prantos
encontrei toda a lucidez
quando perdi a razão:
tornei-me Sócrates
Iscariotes
e Platão,
um dia era Garrincha
no outro era o “joão”

Várias vida de um salto
experimentando de tudo um pouco
nesse mundo-hospício-palco


Publicado no livro "Balada do Homem sem nome", parte da coleção Goiânia em Prosa e Verso 2013. 

4 comentários:

  1. BLOGZOOM04/09/2013, 16:36

    Eu tambem sou multipla de meus pensamentos, meus sonhos e de todas as lembranças que posso transformar !

    Beijos

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  2. Lia Noronha04/09/2013, 17:41

    Várias faces..num poeta maravilhoso!! Adorei td por aqui!!!
    Abraços

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  3. Glauber Vieira04/09/2013, 21:48

    Mandou bem, velho, o texto ficou muito rico.

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  4. Unknown05/09/2013, 06:48

    Além de um grande escritor de contos ainda é poeta! Gostei!

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