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sábado, 1 de fevereiro de 2014

A ti, de mim



Se anima, seu animal
O tédio se vincula ao que recebe dos outros, não ao que vai de si
Então, envaideça
se ainda há indignação em sua carcaça desgastada
se há revolta digna contra a submissão
A esperança é a única força
útil, potente
e inabalável, de que algo está por vir
Só a morte encerra a visão racional e legítima
de que o bem vence o mal
Essa existência não é literatura
É maior, mais confusa, mais inóspita,
Mais incrível e assustadora que a pior ficção
Te levanta, bicho
Tua fé é a razão
Age por teus instintos
e renuncia à mediocridade do que te enjaula
que cerceia tua crença
de alguma resposta fiel
para si, para os seus, até para os que não sabem o que fazem
sobre a grandiosidade de ser
de fazer, de criar e de ir
aonde nenhum como você jamais esteve
Sê certo, besta
O ânimo e a razão são os alicerces
da esperança
Faça o que nunca fez, seja quem jamais foi
Erre como nenhum outro
com a infinita certeza dos loucos
e a insanidade dos heróis
Mas não te acame, tampouco abdique da infantil sinceridade
De que sua história só você conhece
e sofre e chora
Mas ama
Com o poder de mudar o mundo.

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