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segunda-feira, 24 de março de 2014

LABORANDO A PALAVRA

POEMA-LABOR

Gosto de poema-pimenta,
Aquele que a língua esquenta,
A víscera arde em prece
E nunca mais se esquece.

Gosto de poema-tormenta,
Aquele que ondeia, mareia
E, no viés do meu convés,
Não se sabe se é sorte ou revés.

Gosto de poema-bala,
Aquele que é tiro e queda
– abala, vara, queima –,
Ou lambuza como deliciosa guloseima.

Gosto de poema-labor,
Aquele em que se trabalha,
Batalha, risca, passa a navalha,
Independente do prazer ou da dor.

6 comentários:

  1. Com labor e louvor. Parabens, Geraldo!

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  2. Gostei muito de conhecer o seu blog. Estou pedindo o seu apoio
    para a divulgação de meu livro "Oklath - Os Sete poderes de
    Órtil". Visitem meu blog e saberão mais: oklath.blogspot.com.br .
    Um abraço, Cláudia.

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  3. Bom demais esse poema. Poderia até se estender mais, de tão bem proposto e desenvolvido, mas isso é com você. E só aumenta a responsabilidade em não deixar cair.

    Deva

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  4. aumenta mesmo... valeu, Deva! Abraços

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  5. Olá menino, se não der trabalho não tem um sabor assim, né mesmo?
    Até outro dia

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As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.