
O rascunho do que escrevo
O gosto eterno de um beijo
Ao som abafado do que vejo
Tornam ilógicos os
sentimentos
Quando encontramos duas
retas
Perpendiculares
Mefistofélicos atropelamos
com pressa
O que já era reto e vergamos
os olhares
A janela
Antes com a mais suntuosa
paisagem
Agora abraça
O muro....desconfortante
miragem
Vivo cada dia como se
fosse o penúltimo
Pois não tenho pressa
A fruta que amadurece
antes do tempo
Estraga-se de véspera
Viva
Aos pacientes da
estrada....à paciência na caminhada
Mesmo sendo nós
perpendiculares
Atropelamo-nos
Cedo ou tarde
Viva
Os rascunhos....os gostos
Os sons...os sentimentos...os
abrolhos
Lógicos...ilógicos...como
tantos outros
Mesmo retos ou tortos
Com razões ou devaneios
São somente nossos
Perfeitos
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