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terça-feira, 22 de julho de 2014

Naturalmente, carnívoros


Como todo dia, na pia, o ritual pós-sacrifício acontecia: limpar as peles, cortar em filés, tiras ou cubos, temperar e cozinhar. Naquele dia em especial, na tábua de madeira, jazia uma galinha caipira, com o pescoço torcido e ainda mantendo algumas penas.

O garoto, curioso, aproximou-se da cozinha e observou, com um pouco de nojo, a mãe manuseando aquele bicho. Ela arrancando penas, cortando a cabeça e tirando as peles. Quando reparou que o garoto estava ali, ele aproveitou para perguntar:

– Mãe, o que é isso?

– Franguinho, filho!

– Então... É isso que é franguinho?



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