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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
21 gramas
"Há momentos, e você chega a esses momentos, em que de repente o tempo pára e acontece a eternidade."
Fiódor Dostoiévski
21 gramas
ando enfastiada de eternidades
rosas fenecem
numas tardes escuras
morri
desabei
sumi
mas a gente continua!
mandalas
cânticos
velas
pronto!
renasce
ressuscita
sem peso
e cem dramas
minha alma é magra,
pesa 21 gramas!
um médium extra orbital
contou que flutua
viaja pra outras órbitas
vagando num azul abissal
dane-se o médium!
se nada disso for verdade
se meus 21 gramas nunca saírem do chão
que fique registrado: foram muito bem usados
poesia, amore!
21 gramas de amor apreendido
e outros pesos pesados
ela me salva
louca e sã
resgatada e perdida
traduzida e confusa
deusa e demônio
ela, a poesia, é o traço!
com ele é que faço as marcas
perfume perene de pele inexistente
beijo invisível, murmurado em versos toscos
ele trança essa teia
que me pensa e me pesa
ele entende e conversa com essas almas
distraídas
destruídas
destronadas
ele é bênção maldição e prece!
Um comentário:
As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.
Beijinhos.
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