Tem um lunático lá no pátio
Ele brinca com o cachorroE atira o gato para cima
Pela manhã
Ele conta as gotas de orvalho
Por toda a grama
Tem um lunático na minha sala
Ele recita mantras e joga I-Ching
Conversa por horas sobre suas viagens
E projeções astrais
De noite sobe no telhado
E fica olhando os cometas
Tem um lunático na minha cabeça
E não quer sair
Ou talvez eu não o queira
Ele chora
Ele ri
Após vislumbrar este caos
Ou quando a dor se acentua
Ele some
E se esconde
No lado escuro da Lua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.