Páginas

sábado, 17 de abril de 2010

Segundo voo da mariposa








Não era fabulosa,
a mariposa que pousou na perna da minha calça
na hora da aula.

Apesar de ter as asas
para habitar em tudo,
pelas quais Ícaro teria dado mais vida
se mais vida tivesse.

Asas de cera,
dissera,
para o Sol e para mais nada.

Penso às vezes
que a sua essência
era uma mariposa
- Uma mariposa-cinza-cigana de asa quebrada



(Jessiely Soares)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.