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quinta-feira, 26 de abril de 2012
Pequenos sons de outono
A folha que,
já seca,
o impulso sente
e estala
e solta
e salta
e voa ao vento,
de um mês de abril
que teima e ainda é quente,
se junta às outras folhas no cimento
em roda de ciranda,
docemente,
e brinca,
pula,
dança,
- é sentimento -
e faz um quase guizo
diferente do grito
de ser livre no momento...
E o galho que,
desnudo,
resistiu,
agora sem a folha desgarrada,
emite ao vento
um longo assobio pungente
de uma voz desconsolada
anunciando o tempo à frente
- o frio -
seu único parceiro,
só,
mais nada...
(Cesar Veneziani em 17/04/2012)
4 comentários:
As opiniões para os textos do Blog Bar do Escritor serão todas publicadas, sem censura ou repressão, contudo, lembramos que pertence ao seu autor as responsabilidades por suas opiniões e, também, que aqui agimos como numa mesa de bar, ou seja, quando se fala o que quer pode se escutar o que nem merece.
Mudou a cara do blog e me ferrei! O texto acima é um poema, mas desformatou e não sei como fazer a "coisa" virar poesia!!! Que droga!!!
ResponderExcluirOlá, adorei a visita.
ResponderExcluirObrigada por fazer parte do meu projeto.
Beijinhos!
Mesmo "a coisa" não virando poesia suas palavras ficam profundas e atraentes para qualquer amante da palavra.
ResponderExcluirBeijos e abraços.
O ritmo que você criou pra esta poesia prova o título. Gostei ;)
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