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domingo, 21 de agosto de 2016

Contraste


Como pode haver poesia
Se existem barrigas vazias

Se há crianças em perigo
Refugiados sem abrigo

Se o medo é companheiro
A liberdade usurpada

A convivência insana?

Mas, poesia é tão intensa que,
Crava n’ alma as dores e,

Faz ouvir os gritos de pavores
Perceber o amargo do sangue

As cores que o corte derrama
A lucidez que a tez exclama!

Rogo em prece às Musas
Para que o bom senso que jaz reviva

Como brotos depois da chuva
Como a paz que trazem as flores

Para que viver e a Primavera
Continuem a fazer sentido


(Angela Gomes, 23/09/2015)

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