Como
pode haver poesia
Se
existem barrigas vazias
Se
há crianças em perigo
Refugiados
sem abrigo
Se
o medo é companheiro
A
liberdade usurpada
A
convivência insana?
Mas,
poesia é tão intensa que,
Crava n’ alma as dores e,
Faz
ouvir os gritos de pavores
Perceber
o amargo do sangue
As
cores que o corte derrama
A
lucidez que a tez exclama!
Rogo
em prece às Musas
Para
que o bom senso que jaz reviva
Como
brotos depois da chuva
Como
a paz que trazem as flores
Para
que viver e a Primavera
Continuem
a fazer sentido
(Angela
Gomes, 23/09/2015)
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