Acordo no silêncio da noite
Com uma estaca cravada no peito.
Sufoca-me a garganta, o grito.
Imperfeição dos sentidos.
Borboleta aprisionada no casulo
Metamorfoseando-se em lagarta.
Afogando-se no sangue
Da carne putrefata.
Afasta-se da cartilagem
Do que fora cor e asas.
Corrompendo o próprio sonho
A rastejar sobre brasas.
Esperando que o coração apodreça
E refaça-se com calma,
Para que novo vôo floresça.
Iluminado e sem pressa.
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