Nossos Litígios
Pelos nossos próprios
litígios
Tentei organizar nossas vidas
Apagando insensatos vestígios
E acendendo e excedendo as
saídas.
No doce ninho, que mesmo em
sonho
Onde criamos rebanhos,
rebentos
Em águas límpidas que fazem o
banho
Depurando, em epítome, nossos
momentos.
Amontoando em vocábulos
incertos
Vejo e escrevo, em linhas
tortas, n'alma
Optando por esse amor na
justa calma
Nas brigas que expulsam
demônios e espectros.
Mas na sensatez do amor
verdadeiro
Vi-me lisonjeado por ser o
primeiro
O real, fiel e o ardente.
Sou o qual lhe agarra a unhas
e dentes
Sendo o mais perfeito, da
paixão, mensageiro
Andando feito ébrio a passos
doentes.
Mesmo se somassem todos os
números e datas
Secassem todas as águas do
planeta
Encharcando sua face que no
ápice da tormenta
Sempre responde com lisura
imediata.
O ardor do âmago do seu ser
Acabou escrevendo minhas
linhas
Nesse bem querer de minhas
rinhas
Só, e mesmo cego, posso lhe
ver.
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2 comentários:
Dizer velhas coisas com palavras novas é um dom. Gostei do poema.
Um abraço
Agradeço Michele... E grato também ao Bar pelo convite, senti-me muito honrado!
Sintam-se todos abraçados e muita inspiração!
André Anlub
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