segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Inscrições para a 5a antologia
Escrito por
Giovani Iemini
Estão abertas as inscrições para a 5a antologia de contos, crônicas e poemas do Bar do Escritor.
Veja como participar aqui.
Convidado André Giusti
Escrito por
Bardo
Miniconto
Acordou tarde.
Perdeu a hora e a aula na academia.
O amigo desmarcou o almoço e a amiga não ligou para
combinar o prometido.
O dia não saiu como o planejado.
Mas, que diferença fazia?
A vida também não.
---
André Giusti
http://www.andregiusti.com.br/
domingo, 29 de setembro de 2013
Mitos da Alma
Escrito por
MPadilha

Displicentemente
aflitos
Os
velhos discos na estante da sala
Um
túnel do tempo
Delírios,
olhares
Antigos
luares no som
Fumaças
que trazem cigarros
Meninas,
violas, esquinas
Numa
só canção.
Todos
amarelados,
Bossa
Nova, Beatles
Todos
velhos discos na estante da sala.
.
.
Todos
empoeirados,
Bem
ali, meio aflitos...
Todos
velhos mitos na estante da alma.
sábado, 28 de setembro de 2013
Escrito por
Francisco M. M. Arantes (Quito Arantes)
Agora, os mares são rios
E os rios são mares.
As montanhas tornam-se em planícies.
O teu coração palpita na força da natureza
Como se tu pudesses encontrar-me
No momento fresco
De uma manhã de Primavera,
Onde brotam flores rejuvenescidas.
Terei aquilo que meu corpo ditar
Não poderei ser mais que um elemento,...
E os rios são mares.
As montanhas tornam-se em planícies.
O teu coração palpita na força da natureza
Como se tu pudesses encontrar-me
No momento fresco
De uma manhã de Primavera,
Onde brotam flores rejuvenescidas.
Terei aquilo que meu corpo ditar
Não poderei ser mais que um elemento,...
Na constante mutação da vida.
E enquanto os mares forem rios
E os rios forem mares,
Seremos só nós dois.
In "Poesia aos Quatro Ventos"E enquanto os mares forem rios
E os rios forem mares,
Seremos só nós dois.
Quito Arantes/Portugal
SONETO AO BAR
Escrito por
Samuel Balbinot
Bebemos versos feitos de palavras
Lapidadas na mente sempre ativa;
Pureza das purezas mais que raras
Numa visão astral contemplativa;
Bebidas que nos dão idéias tão claras
Deixando nossa alma alegre e festiva;
Vivemos traduzíveis e reais farras
De palavras sonoras em nós viva;
Bebemos tudo, menos a tal água
Que não é capaz de curar a mágoa
Dos amores que sempre carregamos;
Os versos se derramam como vinhos
Finos envoltos por doces carinhos
Ganhos da pessoa que muito amamos;
Lapidadas na mente sempre ativa;
Pureza das purezas mais que raras
Numa visão astral contemplativa;
Bebidas que nos dão idéias tão claras
Deixando nossa alma alegre e festiva;
Vivemos traduzíveis e reais farras
De palavras sonoras em nós viva;
Bebemos tudo, menos a tal água
Que não é capaz de curar a mágoa
Dos amores que sempre carregamos;
Os versos se derramam como vinhos
Finos envoltos por doces carinhos
Ganhos da pessoa que muito amamos;
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Manhã
Escrito por
Glauber Vieira
Acorda
Estique braços e pernas
Boceje.
Agora me abraça:
meu coração também precisa espreguiçar.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
A caneta
Escrito por
Marcos Campos
A noite já estava pra terminar. Como
pura mágica uma caneta surgiu na minha frente para que eu relatasse toda essa
história. O meu caderno foi só uma consequência e à medida que eu olhava ao meu
redor, cada objeto parecia maravilhosamente no lugar certo, montavam um cenário
peculiar, de casa antiga, desordenada, mas acima de tudo de um sincretismo de
ideias absurdo.
Ela brilhava naquela noite, aliás como
sempre brilhava. Eu nem acreditava que isso fosse possível mais uma vez, mais
uma vez com ela. Mais uma vez eu degustava aqueles beijos que me preenchiam de
uma maneira, que toda vez quando lembrava deles, a sede que brotava era
praticamente incontrolável. Que sorte, ou habilidade, ou talvez realmente uma
paixão sincera.
A questão é que ela se aprontou para
dormir, a possibilidade de sexo já havia sido cortada antes mesmo de adentramos
na casa, mas esse não era meu foco central, antes os beijos, esses eram
primordiais. Íamos dormir num quarto que já se encontrava ocupado por um amigo
dela. Sem problemas, talvez transar na frente
dele já seria de mais pra mim, mas somente dormir juntos, não teria mal
algum.
E realmente não teve, afinal o cara já
estava capotado, pra lá de Bagdá, deitamos e eu fiquei somente de cueca, odeio
dormir de roupa. Os beijos antes do sono foram poucos, mas nos abraçamos para dormir, com ela de costas pra mim. No abraço meus braços passavam
entre os seios dela, o que me dava um certo tesão, mas o conforto e algo
realmente a mais que estava acontecendo ali, me fazia esquecer de tudo.
Resultado: sono forte e de poucos sonhos e um despertar de uma preguiça
terrível, parecia que morávamos juntos há anos e o moleque na cama ao lado era
só um hóspede nosso.
Levantar foi realmente ruim, mas não
tinha como, como sempre essas acordadas eram puxadas por algum compromisso
impossível de se faltar. Ela não despertava de maneira alguma, não sei se isso
era proposital ou realmente seu sono que estava muito pesado, parecia mais um
charme que me chamava de volta pra cama e que eu estava plenamente disposto a
ceder. Cedi em partes, lhe fiz carinho nos cabelos durante algum tempo e então
decidi que era a hora de ir embora. O carinho parece que lhe fez ceder um pouco
no jogo, então se levantou para abrir a porta pra mim.
Na despedida, parecia um dia como outro
qualquer, indicando que no fim da noite a gente fosse se ver no jantar, para
podermos contar um para o outro tudo que aconteceu e deixar mais uma vez aquela
coisa a mais rolar, dessa vez sem estar embriagados e dispostos a deixar fluir
fundo todo o sentimento que estivesse por ali. E de fato o convite para isso
veio, uma festa em outra casa, na verdadeira casa dela, uma festa que mudaria
minha vida.
Mas não mudou, porque eu não fui nem ao
jantar e muito menos a festa e aquele sentimento a mais foi dilacerado numa única
ligação de telefone, onde eu falei me desculpando, e ela respondeu com frases
curtas aparentemente amistosas. Fui tão estúpido de ainda achar que estava
fazendo minha parte, essa ligação foi um divisor de águas e ela decidiu enterrar
de uma maneira bem solene todo e qualquer sentimento que nutria por mim na
noite anterior, decidiu enterrar para sempre e obviamente com razão.
Juro a vocês, que minha escolha não era
essa, era ir à festa e consequentemente dormir várias e várias noites junto
dela, mas isso não era possível. Nosso coração é divido em quatro partes. No
meu caso em três já se abrigam um único nome, na quarta é onde se faz novas
edificações. A terceira sempre está em crise, tendo o nome apagado por diversas
vezes e substituído por outros, já a segunda é mais sólida raramente sendo
atingida, a primeira dizem que intocável. Essas mudanças em todas as partes já
me geraram muitas complicações e nunca consegui achar um equilíbrio perfeito
para que dois nomes convivessem em plena harmonia em todas elas.
O nome em questão sabe dessa história de
caba a rabo, não pensem também que sou um puto de um sacana. Na mesma noite da
recusa da festa, saímos juntos e brigamos feio aumentando mais ainda meu
arrependimento, mas a primeira parte do coração, no final das contas sempre
toma as decisões. De lá pra cá o gosto dos beijos foram cada vez mais se
consolidando enquanto categorias de memória em minha cabeça que para acessar
tenho que contar histórias como essas que aqui vos falo. É claro que a vi por
diversas vezes, mas a frieza, banhada às vezes em momentos esporádicos de um
carinho contido, só me fez sofrer ainda mais. Por isso decidi que da próxima
vez que um caneta aparecer na minha frente, vou dar meia volta e sair pelo
portão que naquele caso sempre ficava aberto.
Minas Gerais
Escrito por
Cesar Veneziani
Ah, Minas
das belas meninas
do pão de queijo
do beijo sem jeito
que se rouba consentido
do olhar dissimulado
que se sabe camuflado
mas que vale
o tempo perdido
Minas dos montes
dos belos horizontes
da hospitalidade
da roça que se esboça
até na cidade
Minas da saudade...
das belas meninas
do pão de queijo
do beijo sem jeito
que se rouba consentido
do olhar dissimulado
que se sabe camuflado
mas que vale
o tempo perdido
Minas dos montes
dos belos horizontes
da hospitalidade
da roça que se esboça
até na cidade
Minas da saudade...
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Amargo é o sangue seco na roupa
Escrito por
Rafael Cal
Olhou a camisa: rasgos e pingos.
Muitos.
Nada foi suficiente.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
MAIS DUAS TALAGADAS NO BDE
Escrito por
geraldo trombin
NOITES DE TORMENTA
Quarto lúgubre, 22
horas. Nenhum feixe de luz para apaziguar, apenas, como mamãe ensinara, um
pai-nosso e o sinal da cruz. Escuridão absoluta encobrindo as marcas do
desespero e inúmeras tentativas de fuga estampadas nas paredes sombrias. Mais
uma noite daquelas, sem conseguir pegar no sono, enfronhada sob o denso manto
mórbido da tormenta. Pesadelos medonhos, gritos alucinantes engasgados na
garganta e muita agonia sufocando seus sonhos de criança. Mas, o pior de tudo
ainda estava por vir – o monstro do alçapão debaixo da sua cama que insistia em
aparecer geralmente na mesma hora, ameaçando, com sua voz atroz, matar seu
irmãozinho, tentando a todo custo invadir outra vez, viril e violentamente, sua
santa ingenuidade infantil. De repente um forte estampido e uma faísca iluminam
a cena derradeira: de um lado, sua mãe empunhando um fumegante 32, do outro,
aquele maldito padrasto pedófilo com um furo no peito, estirado ao chão para
todo o sempre.
DOU-LHE
UMA, DOU-LHE DUAS,
DOU-LHE TREZE
Marcos morava na 13 de Maio, 1313, apê 13.
Envolveu-se, nos últimos 13 anos, com 13 mulheres. Todas, coincidentemente,
tendo como iniciais dos seus nomes a décima terceira letra do alfabeto: Maria,
Mara, Mirtes, Mônica, Marisa, Mariana, Marta, Márcia, Marilda, Matilde,
Melissa, Morgana e, a última, a surpreendente Mortiça. Seria, então, treze o seu
número de sorte? Ou azar?
Numa sexta-feira, 13 de Agosto, ela descobre
que há muito tempo já não vinha sendo mais a única em sua na vida. Nesse mesmo
dia, quando Marcos chegou para o almoço, lá pelas 13h, antes de por a comida no
prato dele, após treze beijos ardentes, Mortiça deu-lhe uma, duas, treze
garfadas em seu peito. Uma delas, certeira, fatal: bem no coração. Judiação!
Em menos de treze segundos, Marcos subiu aos
céus, deixando para ela, na conta corrente, uma herança de treze mil reais
negativos. Quantia transferida na manhã daquele fatídico dia 13 para o seu
décimo quarto amor – Nazira –, despertando em Mortiça toda a sua ira. Acabou na
Saudade, sepultura 13, a
13 palmos do chão. Que infortúnio!
Obs:
• NOITES DE TORMENTA e DOU-LHE
UMA, DOU-LHE DUAS, DOU-LHE TREZE, minicontos extraídos do livro “Só Concursados – diVersos poemas, crônicas
e contos premiados” – 2010.
domingo, 22 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
inscrições para a quinta antologia do Bar do Escritor
Escrito por
Giovani Iemini
Estão abertas as inscrições para a 5a antologia de contos, crônicas e poemas do Bar do Escritor.
Veja como participar aqui.
Convidada Sonia Nogueira
Escrito por
Bardo
Alô,
2013
O
sol amanheceu olhando o dia
Colhendo
em cada olhar a emoção
Mirei,
pensei que a felicidade irradia
Plantando
sonhos, regando o coração,
De
amor, perdidos em vãos minutos
Correndo
atropelando dias, horas,
Tempo
perdido, atônito, e segundos
Cortando
a esperança o mal aflora.
A
rua está deserta tudo é silêncio,
O
pensamento pousa nas lembranças,
E
vi que o tempo corre nos milênios,
Quiçá
num ano cheque em fianças.
Roguei
aos Céus por proteção diária,
O
mundo está em crise, a mão dispara,
Os
homens não entendem a culinária
A
fórmula da paz, a mão que ampara.
Pudesse
eu domar a rebelde criação
Faria
em cada lar um sólido abraço,
No
mundo um só discurso de união,
Amor
e fraternidade no mesmo laço.
Um
ano onde o bem vencesse o mal,
As
portas fossem abertas ao irmão,
Caíssem
os muros e a bênção Divinal
Fizesse
do amor pacote de afeição.
---
Sonia
Nogueira
http://sogueira-eupoesia.blogspot.com.br/
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