Abri os olhos num esforço enorme.
O Sol na cara acorda e diz que é tarde.
A luz invade, dói, maltrata e arde.
Olhei no espelho e vi tudo disforme.
Senti-me sujo (tudo é coliforme!).
Senti um medo (meio assim covarde),
tal qual alguém que o seu final aguarde:
queria mesmo estar como quem dorme.
E o José parado ali vazio
parece rir-se do meu desalento
em regozijo ao ver-me na pior.
Vai esquecer-se logo que me viu,
não vai lembrar-se mais desse momento:
um outro porre desses, "never more"!
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