Fora um dia próximo do
improdutivo. Parcas moedas haviam pingado em suas mãos carcomidas. Já os
olhares de nojo e desprezo, estes tinham se multiplicado com a passagem das horas. Noite. Para
sentir-se um pouco gente, o mendigo quase se afogou em goles da garrafa de
Perrier roubada de um supermercado
próximo. Naquele momento, gozou de um luxo que poucos da mesquinha classe média
ousaram experimentar. Saciado, dormiu o sono dos reis e sonhou que uma chuva de
água da fonte francesa inundava a cidade. As vítimas morriam felizes. Consumidores ao menos na hora derradeira. Acordou com a garrafa vazia. Sentiu
tristeza. Pegou o engradado elegante e foi até a pastelaria mais próxima. O
chinês demorou a entender que mendigo queria encher o recipiente esmeralda. As
aparências enganam, mas entorpecem.
Um comentário:
esmeralda what. ?
gostei.
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