segunda-feira, 6 de julho de 2015

hoje, no globo repórter


4.3 e inda não aprendi o tal pulo do gato que tira o cavalo da chuva, o boi da linha e coloca o ruminante na sombra; talvez o bicho de sete cabeças, se não estiver com a macaca, espante o espírito de porco e me ensine a dar o drible da vaca no lobo em pele de cordeiro. quero acertar na mosca mas a morte da bezerra está recorrentemente nos meus pensamentos. nesses dias, ando trôpego, feito barata tonta e as velhas raposas me vendem gato afirmando enfaticamente tratar-se da mais felpuda lebre. sempre pratico a discrição e tento manter minha boca qual a do siri, contudo, sempre vem um raio dum papagaio de pirata cabeça de bagre me apontar o bico e eu, bode expiatório, acabo pagando o pato, ou pior, caindo do cavalo paraguaio. o lance é mandar esses amigos da onça irem pentear macaco quando vierem com aquela conversa pra boi dormir. ora, cada macaco no seu galho! se ameaçarem soltar a franga, solto os cachorros em cima deles. tô farto de engolir sapos, de assistir impassível à vaca seguir mansamente rumo ao brejo. chega de cutucar a onça com vara curta! quero amarrar o burro, afogar o ganso, matar a cobra e mostrar o pau. encerro minha sina de vaquinha de presépio e aviso: prendam a respiração porque a cobra vai fumar!

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