domingo, 28 de dezembro de 2008
Máscara
Escrito por
Rita Medusa
Era aquela que conhecia o terreno particular das texturas
A que adormecia ofendida
Nas areias dos poços sem fôlego
Existir era um ponto de mácula importado
Nas paredes demolidas de um sonho em preto e branco
Não há perplexidades o suficiente?
Diálogos retos em aerosol?
Fui negação por quase todo o intervalo
Entre a punhalada e a carícia
Para me render em drops falidos
Inalações disfarçando laços de fogo
Golpe único
Golpe solitário
Jugulares enterradas na palma da mão
Não querem ser salvas
Era aquela desfigurada
Para roubar versos de lábios roxos
Empacotadas agressividades
Delicados rumores suspendendo corpos ausentes
Era o jardim em que me deitava
Para não saber das urgências
Fluía carne e pó
Uma única delícia
Na santificada tormenta
Deus só de ausências
Meia três oitavos
Um quarto de demência
Tua danação
Reuno-me
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4 comentários:
Falha:esqueci de dizer;fotografia:
"Trust" de Man Ray
Lindo Rita.
Uma bela história
Inquietante
mexe com as estruturas...
palavras, imagens, sentidos...
q lindo, Rita!
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