terça-feira, 27 de julho de 2010

Tempo

Eterna dança de roda,
um baile estático e mudo,
uma ciranda de rocha.
As pedras dançam sem pressa
e giram junto com o mundo
(seu tempo se conta em eras).

Canta como dança a pedra:
pra si e não para a gente.
A voz da pedra é interna,
sua cantiga é silente.
Antes cantasse mais alto
e desse a quem ouvisse
a voz que vem do basalto
lição, ainda que triste:

"O construtor, sendo humano,
é breve, mortal, finito
(seu tempo se conta em anos,
não é o tempo do granito).
E finda a vida nada sobra
a não ser, talvez, a obra."

4 comentários:

Glauber Vieira disse...

Bacana, bem interessante.

Um dia vi um filme no Animamundi que falava disso também: contava a história de uma pedra desde a pré-história até o fim do mundo...

Rodrigo de Assis Passos disse...

nossa, muito bom!!!

Sylvia Rosa disse...

Parabens! E, que fique então a obra.
Bela semana p vc

Luiz Roque disse...

muito bom: essa musica fiz num bar inspirado numa loira muito gostoza, cheia de cerveja, sentada toda a vontade mostrando tudo, (video forró
copie o link e cole no seu navegador
ou acsse teia de aranha luiz roque
no youtube....abraçossss
http://www.youtube.com/watch?v=ePmkBi4AdK8
.
http://www.youtube.com/watch?v=01spyQr6SJQ