Com um lápis e um papel esquivo-me da prisão
Cá tenho alvedrio em meu mundo de ilusão
Não anseio ser diferente...só...ausente
Neste cálice que me corrói até o derradeiro fio de esperança
Que herança ignomia deixaste para mim...que levarei até o fim
Como desvirtuar o que nunca está igual?
Como ser careta se ser insano é normal?
Como retificar tudo de tortuoso se a lei é desigual?
Também posso ser afortunado neste caos-carnaval
Onde a verdade assombra
E dissimular a vista é a saída para não notar o mundo errôneo
Vamos dar risada...migalhas de pão
Para o infante nesta prisão
Sem grades...teto estrelar...tapumes de chão
Onde o ar é grátis...mas saldamos para contaminá-lo
Onde a poeira não baixa...já desce pelo ralo
Vamos sair...já estou extenuado de me planejar
Planejamento subliminar...sem raciocínio...televisão à elucidar
Não vou camuflar nada...não temos que se mortificar
Ser afável à toa e o mundo a nos subjugar
Partamos para rua...dar a face a bater
E obtemperar de outra maneira...mas não sabemos nem escrever
Brasil
Há de ser um Brasil melhor
3 comentários:
Daniel, seu texto nos acolhe em seu desabafo em todos os sentidos...quando tudo está do lado errado, onde tudo é aceito sem se reclamar....Porém tenho esperanças de que o nosso Brasil ainda vai melhorar. Parabéns pelo texto, muito reflexivo. Abraço!
Muito bom, me identifiquei muito!
Valeu pessoal,
Vamos continuar na torcida por um país melhor. Contudo, ajamos para que toda reflexão transforme-se em ação.
Abraços
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