POEMA-LABOR
Gosto de poema-pimenta,
Aquele que a língua esquenta,
A víscera arde em prece
E nunca mais se esquece.
Gosto de poema-tormenta,
Aquele que ondeia, mareia
E, no viés do meu convés,
Não se sabe se é sorte ou revés.
Gosto de poema-bala,
Aquele que é tiro e queda
– abala, vara, queima –,
Ou lambuza como deliciosa guloseima.
Gosto de poema-labor,
Aquele em que se trabalha,
Batalha, risca, passa a navalha,
Independente do prazer ou da dor.
6 comentários:
Com labor e louvor. Parabens, Geraldo!
Valeu, amigão! abraços
Gostei muito de conhecer o seu blog. Estou pedindo o seu apoio
para a divulgação de meu livro "Oklath - Os Sete poderes de
Órtil". Visitem meu blog e saberão mais: oklath.blogspot.com.br .
Um abraço, Cláudia.
Bom demais esse poema. Poderia até se estender mais, de tão bem proposto e desenvolvido, mas isso é com você. E só aumenta a responsabilidade em não deixar cair.
Deva
aumenta mesmo... valeu, Deva! Abraços
Olá menino, se não der trabalho não tem um sabor assim, né mesmo?
Até outro dia
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