A minha carne
A minha
carne, mordida pela minha
Carne,
dói. Ela dói e assusta a minha
Fé que
até então pensei ser forte,
Mas
diante da minha dor vacila.
A dor dói
em mim sem piedade,
Sem
misericórdia o medo abraça o
Meu corpo
e a prece que sai pela
Minha
garganta parece me
Abandonar,
parece querer abandona
O seu
caminho e o desespero me
Abraça.
A minha
carne morde-me até seus
Dentes
tocarem os meus ossos que
Não
tardam expor-se a mostra sob
A minha
pele. Eu oro! Oro e apego-me
A minha
fé e seguro-a no intento de
Evitar
que ela me abandone.
As noites
são longas e os dias sofridos.
As
lágrimas são tristes e o desespero
É
medonho. A minha carne dói!
O gemido
agonizante escapa pela
Minha
garganta e corre, vai para bem
Longe de
onde estou e ficamos sós,
Eu e a
minha fé. A minha fé,
Desalentada,
me olha, olha para a
Porta do
quarto e, somente por
Piedade,
permanece comigo.
Indeciso,
fraco de corpo e de fé
Pergunto-me
se vale a pena esperar
Por um
novo amanhecer. A minha
Carne
morde a minha carne e a dor
Tortura-me,
me dói tudo, me dói
Até o ato
de pensar. Tudo, todos
Foram-se,
foram e somente a minha
Convalescida
fé permanece comigo
E para
não deixá-la parti eu vivo
Mais um
dia.
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