I
enquanto o mundo desaba
- e todas as árvores
viram pó -
chove nuvens
como fuligens
vulcânicas.
II
enquanto o céu azul racha
- e seus demônios surgem
de negros abismos do chão -
cada um
deve desembainhar
sua própria espada.
III
enquanto empilham-se o mortos
- que ao menos o meu
apocalipse seja lutando -
lutando
pelo verde
de teus olhos.
André Espínola
Nenhum comentário:
Postar um comentário