domingo, 20 de julho de 2014

Convidado José Alcantara



As águas do resto da noite

Sentado na varanda alta do segundo andar
Ouvindo o barulho plic ploc no telhado
Percebendo o plic ploc ficar cada vez mais forte
Sentindo o plic ploc virar um chuá intenso
O coração sente um arrepio pelo vento
e o medo reza pra chuva parar

A cidade é de concreto e asfalto
mas a encosta é de barro frio e molhado
O barraco é de qualquer coisa feia e frágil
A água transborda no concreto e infiltra o barro
A noite é lenta e a água é rápida
A pedra desce mais rápida que o resto da noite

Mas... já não ouvimos isto antes ?

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3 comentários:

J Araújo disse...

Vim conhecer o espaço do escritor e aproveitei para deixar registrado minha presença.

Abraço

J Araújo disse...

Vim conhecer o espaço do escritor e aproveitei para deixar registrado minha presença. Só não gostei desse negocio de código.

Abraço

Unknown disse...

Fantástico poema. Final surpreendente! Obrigado, poeta.