As
águas do resto da noite
Sentado
na varanda alta do segundo andar
Ouvindo
o barulho plic ploc no telhado
Percebendo
o plic ploc ficar cada vez mais forte
Sentindo
o plic ploc virar um chuá intenso
O
coração sente um arrepio pelo vento
e
o medo reza pra chuva parar
A
cidade é de concreto e asfalto
mas
a encosta é de barro frio e molhado
O
barraco é de qualquer coisa feia e frágil
A
água transborda no concreto e infiltra o barro
A
noite é lenta e a água é rápida
A
pedra desce mais rápida que o resto da noite
Mas...
já não ouvimos isto antes ?
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3 comentários:
Vim conhecer o espaço do escritor e aproveitei para deixar registrado minha presença.
Abraço
Vim conhecer o espaço do escritor e aproveitei para deixar registrado minha presença. Só não gostei desse negocio de código.
Abraço
Fantástico poema. Final surpreendente! Obrigado, poeta.
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