Esporro,
esporro, esporro. Calou-se uma década aos esporros patronais. Quatro filhos
para criar.
Hoje, vida nova
se descortinava. De propósito, atrasou-se duas horas.
— Com mil
demônios, seu verme irresponsável! – vociferou o chefe.
— Vá para a puta
que lhe pariu cem vezes! – respondeu com inusitada alegria. Diante do patrão
surpreendido, fez um bundalelê. Três bufas barulhentas.
Zero oito, dezoito,
vinte e quatro, vinte e sete, trinta e três e cinquenta e nove. Santo bilhete
premiado da Mega-sena dormitando em seu bolso. Vingado, rumou para a Caixa
Econômica cantarolando o Trem das Onze.
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